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O AGITADOR CHAPA-BRANCA

Publicado em: 28-06-2013 | Por: bidueira | Em: Esquerda cat??lica, PT, SITUA????O NACIONAL

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OESP – 28 DE JUNHO DE 2013 – OPINI??O – P??G. 2
JO??O MELL??O NETO *
Aguerrido militante do Partido dos Trabalhadores (PT), Celso Daniel foi tr??s vezes prefeito de Santo Andr?? da Borda do Campo (SP). Confesso ter sofrido em suas m??os l?? por volta de 1993 e 1994. Explico: ent??o deputado federal, eu fora escolhido presidente da comiss??o especial destinada a formular parecer sobre a PEC da Reforma Administrativa e Celso, academicamente muito mais bem preparado que eu, exercia oposi????o sistem??tica ao conte??do dela. Travamos grandes debates e n??o tenho pudor de confessar que ele venceu a maioria deles.

O PT, naquela ??poca, estava em sua fase moralista e isso lhe permitia fazer insinua????es maldosas sobre todos os que discordavam de suas opini??es. Quantas vezes fui obrigado a ouvir de membros de sua bancada alus??es ??s nossas eventuais m??s inten????es… ??ramos orientados a manter a cabe??a fria e jamais responder ??s provoca????es, o que apenas nos levaria ao prolongamento do debate. O presidente da Rep??blica era Fernando Henrique Cardoso, que contava com folgada maioria no Congresso Nacional. E por falar na nossa famigerada comiss??o, justi??a seja feita, o petista que mais conseguiu me tirar do s??rio foi o representante de Sergipe Marcelo D??da. Dono de um humor corrosivo, n??o foi ?? toa que logrou eleger-se governador de seu Estado.

Voltando a Celso Daniel, t??nhamos todos de reconhecer que ele era brilhante. A ponto de ministros de FHC, quando compareciam ?? nossa comiss??o, tratarem de adul??-lo. Por que faziam isso, se, naquelas circunst??ncias, ??ramos todos advers??rios? N??o sei. Deviam ser esquisitices pr??prias do mundo acad??mico, conclu??a eu.

At?? que, no ver??o de 2002, Celso Daniel morreu assassinado. Ele j?? havia deixado a C??mara dos Deputados e exercia o seu terceiro mandato como prefeito quando foi sequestrado e morto. Em seu corpo havia sinais de sete tiros e tamb??m vest??gios de tortura. Como ?? de praxe, logo surgiu um “de menor” para assumir a culpa e alegar que a v??tima fora escolhida aleatoriamente.

As dilig??ncias, para muita gente, ter-se-iam encerrado por a??. Acontece que Celso Daniel, a essa altura, j?? era tido e havido como o coordenador da campanha de Lula da Silva para presidente da Rep??blica – e dessa vez o ex-metal??rgico concorria com chances. N??o bastasse essa agravante, ainda surgiu um irm??o da v??tima para apresentar uma vers??o convincente das causas maiores do crime: n??o fora um homic??dio comum, alegou Jo??o Francisco Daniel, mas, sim, um assassinato premeditado.

Segundo ele, seu irm??o, no comando do Executivo municipal, entendia como justific??vel que sua assessoria recolhesse entre as empresas de ??nibus que prestavam servi??os ?? prefeitura determinada quantia mensal que serviria para formar caixa para o PT. Acontece que seus prestimosos assessores estariam levantando muito mais recursos do que o combinado, guardando para si a diferen??a. A?? o prefeito, um homem de princ??pios, se revoltou. ?? como eu n??o me canso de reiterar: o PT tem um conceito muito particular de moral; quando se rouba pela causa, ?? v??lido; quando n??o, ?? reprov??vel. Como, no frigir dos ovos, ?? muito dif??cil distinguir o que foi destinado a qu??, podem todos dormir tranquilos: o m??ximo que fizeram foi extrair recursos da burguesia para serem usados contra a pr??pria burguesia…

Mas o assunto principal deste artigo ?? outro. E ele diz respeito a um personagem que participou ativamente tanto do epis??dio citado, a morte mal explicada de Celso Daniel, como de outros mais recentes, a rebeli??o popular de junho. Esse indiv??duo nefasto, apesar de ter estudado Teologia, parece ser como que um deus, diferente do nosso, que encontrou maiores afinidades.

No epis??dio Celso Daniel, ele era ningu??m menos que secret??rio do prefeito e a pessoa mais pr??xima a ele. Os irm??os de Daniel sustentam a acusa????o de ter sido ele o encarregado maior de gerir o dinheiro arrecadado das empresas de ??nibus, recursos esses que, segundo eles, eram entregues diretamente nas m??os de Jos?? Dirceu. Para quem ainda tem d??vidas, refiro-me aqui ao atual secret??rio-geral da Presid??ncia da Rep??blica, Gilberto Carvalho.

O assassinato do prefeito de Santo Andr??,12 anos passados, continua at?? hoje sem uma explica????o plaus??vel. Durante todo esse tempo, nada menos que sete testemunhas ligadas ao caso morreram em circunst??ncias at??picas. Um dos irm??os do prefeito, Bruno Daniel, ap??s ser numerosas vezes amea??ado de morte, optou pelo autoex??lio na Fran??a. J?? o ent??o secretario de Daniel na prefeitura teve melhor sorte: Lula nomeou-o seu chefe de gabinete e, recentemente, a presidente Dilma Rousseff promoveu-o a ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid??ncia da Rep??blica.

Recentemente, o Rasputin do Planalto voltou a ocupar as manchetes e, como sempre, ele ?? o piv?? de um novo caso mal explicado. Dentre as numerosas manifesta????es populares que v??m incendiando a Na????o, ao menos uma delas foi idealizada dentro do pr??prio Pal??cio do Planalto. Na v??spera da abertura da Copa das Confedera????es, em Bras??lia, um grupo de manifestantes ateou fogo em pneus, causando uma enorme fuma??a negra e atraindo as aten????es de toda a imprensa internacional que l?? se encontrava para cobrir os jogos.

N??o, n??o foi uma manifesta????o espont??nea. Foi tudo encomendado. Os pneus queimados custaram cerca de R$ 30 mil e, ap??s investiga????es da pol??cia local, constatou-se que v??rios dos “manifestantes” eram ligados ao secret??rio-geral. A revista Veja, em sua ??ltima edi????o, conta a hist??ria em detalhes e acusa abertamente Gilberto Carvalho de ter sido o mentor do crime. Por qu??? Porque o seu papel no governo ?? o de desestabilizar o governo Dilma, abrindo assim caminho para uma nova candidatura de Lula.

Com amigos assim, Dilma n??o precisa de inimigos.

* JO??O MELL??O NETO ?? JORNALISTA E FOI DEPUTADO, SECRET??RIO E MINISTRO DE ESTADO.

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