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A m??o estendida virou punho cerrado

Publicado em: 21-04-2016 | Por: bidueira | Em: PT, REVOLU????O DE 64, Seguran??a P??blica, SITUA????O NACIONAL, Terrorismo

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Ag??ncia Boa Imprensa

A m??o estendida virou punho cerrado

P??ricles Capanema

 

O PT e demais for??as de esquerda a ele aliadas ou meras for??as auxiliares, como os movimentos sociais, t??m agora problema delicado, est??o com cobertor curto. Se puxarem para a cabe??a, descobrem o p??; se cobrirem o p??, deixam a cabe??a no frio.

Perdia o PT com o punho cerrado, ganhou com a m??o estendida. Com ela, desarmou resist??ncias no p??blico em geral, avan??ou em setores antes duramente bloqueados, exemplo lideran??as rurais, aparelhou escandalosamente o Estado. Nessa moldura, a anterior vigil??ncia de largos setores mudou para indiferen??a, ocasionalmente at?? mesmo para simpatia. Ficaram comuns opini??es do tipo ???a ideologia morreu, n??o passam de ladr??es aproveitadores???.

Veio a crise econ??mica, o desemprego, a volta da carestia, a roubalheira despudorada. E a grossa maioria se voltou contra o PT e o governo Dilma. Na esteira, na C??mara dos Deputados, 367 deputados, de olho nas possibilidades de reelei????o, votaram a favor doimpeachment da Presidente.

Na milit??ncia petista, clima de luto. Se n??o agir r??pido, a dire????o corre o risco do des??nimo desagregador em seus setores mais ardentes. Precisa t??-los em vista. Se atend??-los, assustando o p??blico, as possibilidades eleitorais correm perigo. O dilema emerge inevit??vel ?? maneira do desafio da esfinge de Tebas: decifra-me ou te devoro. De outro ??ngulo: ?? a pol??tica dif??cil de, ao mesmo tempo, desmobilizar os opositores, atrair simpatizantes e mobilizar a milit??ncia. J?? come??ou em tom virulento e intolerante a encena????o de perseguido por defender os pobres e v??tima de elites insens??veis. Em suma, no presente momento, o PT optou pelo confronto. Foi jogado no quarto de despejo o boneco Lulinha paz e amor e a empoeirada Carta ao Povo Brasileiro de 22 de junho de 2002. ?? ribalta, tinindo, voltou o Lula jararaca.

Nessa linha, proclama a resolu????o do Diret??rio Nacional de 19 de abril ??ltimo: ???A dire????o do PT congratula-se com (…) a Frente Brasil Popular, aliada ?? Frente Povo sem Medo. (…) Reconhecemos a vitalidade dos movimentos sociais, a abnega????o e a combatividade de nosso aliado hist??rico, o Partido Comunista do Brasil. Prestamos igualmente nosso respeito, entre outras agremia????es, ao Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL) e ao Partido da Causas Oper??ria (PCO) (…) Fazendo autocr??tica na pr??tica, o Partido dos Trabalhadores tem reaprendido nesta jornada, antiga li????o que remete ?? funda????o do nosso partido: o principal instrumento pol??tico da esquerda ?? a mobiliza????o social, pela qual a classe trabalhadora toma em suas m??os a dire????o da sociedade e do Estado???.

Volta o PT das origens, dando guarida ??s concep????es bolcheviques: a mobiliza????o em frente popular e n??o a luta parlamentar, trar?? ao operariado (ao Partido, seu representante) a dire????o da sociedade e do Estado. Imposs??vel n??o escutar ecos de L??nin antes do assalto ao Pal??cio de Inverno.

Na esteira da tomada de posi????o radical, Rui Falc??o avisou: ???N??o haver?? tr??gua nem estabilidade. ?? muito mais que oposi????o parlamentar s??. N??o tem paz, n??o tem tranquilidade, tem luta???.

Com isso, o PT atende a setores radicalizados. Mas tem o reverso, duas possibilidades, uma desejada, outra temida. O medo provocado pela face agressiva petista na opini??o p??blica a far?? mais tendente a ceder. ?? o cede ou vai apanhar mais, vantajosa para o PT. Contudo, existe a segunda possibilidade, pode tamb??m irrit??-la, enrijec??-la, faz??-la mais disposta a resistir. E os efeitos podem ser profundos e longos.

Para C??sar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, o PT come??ou mal, errou na dose, achou que a intimida????o resolvia e produziu efeito contr??rio. Acho que viu certo: ???Quando aceito o pedido de impeachment de Dilma e aberto o varejo dos cargos, se esperava que Dilma e seu n??cleo duro suavizassem sua comunica????o e seus discursos de forma a n??o gerar inseguran??a nos deputados do baixo clero. Ou seja, para ter votos suficientes, deveriam caminhar em dire????o ao centro. Mas fizeram exatamente o contr??rio. Se encantaram pelo slogan que seus comunicadores criaram ???n??o vai ter golpe??? e subiram o tom. O slogan ???n??o vai ter golpe??? foi sendo interpretado como algo do tipo ???se for necess??rio pegaremos em armas???. Os discursos no Planalto, no Congresso e nos com??cios subiram o tom como um slogan latino-americano: ???N??o passar??o??? ou ???Governo Dilma ou morte???. As caras e fei????es dos deputados foram ganhando express??es crescentemente raivosas. Toda essa coreografia foi percebida pela opini??o p??blica difusa, pelos deputados e senadores que est??o fora da esgrima ideol??gica como se, n??o passando o impeachment, nos dois e meio ??ltimos anos de governo, Dilma radicalizaria ?? esquerda. A distribui????o de cargos n??o seria redistribui????o de poder. O poder estaria mais centralizado. Assustou???.

Aqui est?? o risco do PT: assustar e levar ?? determina????o de resistir. Se acontecer, com mais foco, dependendo de como acontecer, o Brasil direito ter?? dado passo imenso no rumo certo.

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