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Fil??sofo Gramsci ?? o estrategista do mal que influencia o Brasil

Publicado em: 07-09-2013 | Por: bidueira | Em: Comiss??o da Verdade, Desarmamento, DIREITO DE PROPRIEDADE, Esquerda cat??lica, Fam??lia, Persegui????o religiosa, Pol??tica Internacional, PT, SITUA????O NACIONAL

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Leia tamb??m:??http://www.jornalopcao.com.br/colunas/contraponto/os-irmaos-castro-extraem-a-mais-valia-absoluta-de-medicos.-marx-ficaria-horrorizado-com-discipulos

Contraponto ??- ??Edi????o 1990 de 25 a 31 de agosto de 2013??

Irapuan Costa Junior

Fil??sofo Gramsci ?? o estrategista do mal que influencia o Brasil

O gramscismo chegou ao governo antes de chegar ao poder. As fortes institui????es reagiram ?? busca da hegemonia e n??o houve clima para a implanta????o de reelei????es sucessivas. Nem por isso estamos a salvo

??O fil??sofo italiano Antonio Gramsci ?? tido como um dos mais importantes formuladores comunistas. N??o est?? fora de quest??o que seja o mais importante. Esse sardo franzino, casado com uma russa, nascido em 1891, chegou a trabalhar com Mussolini na reda????o do jornal socialista italiano ???Avanti!???, em 1915. Foi preso por a????o do mesmo Mussolini em 1926, e condenado a vinte anos de pris??o. Recebeu liberdade condicional por motivo de sa??de e morreu em uma cl??nica romana em 1937.

Na pris??o escreveu suas reflex??es, publicadas no Brasil pela editora Civiliza????o Brasileira, na d??cada de 1970, com o t??tulo de ???Cadernos do C??rcere??? (quatro volumes). N??o s??o f??ceis de ler. Gramsci escrevia quase que em c??digo, para que os censores n??o confiscassem suas ???li????es???, que sa??am da pris??o por uma sua cunhada, funcion??ria da embaixada sovi??tica em Roma.

Eram entregues ao l??der comunista italiano Palmiro Togliatti, exilado em Moscou durante o fascismo e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O leitor que quiser se aprofundar em seu racioc??nio deve buscar um guia da obra, com um gloss??rio, que lhe sirva de orienta????o.

H?? v??rios, de esquerda ou conservadores. Marx foi e ?? um mito para os comunistas. No entanto, suas formula????es sempre ficaram longe do real. A ???crise do capitalismo???, em que a gan??ncia dos capitalistas provocaria uma concentra????o de riqueza cada vez maior na m??o de poucos, com um crescente empobrecimento do operariado, que ao final se revoltaria, provocando a ???crise final do capitalismo??? e a ???ditadura do proletariado???, mostrou-se uma escatologia sem qualquer parentesco com a realidade.

Nos pa??ses verdadeiramente capitalistas, patr??es e empregados prosperam paralelamente, bem ao contr??rio do que aconteceu em todos os pa??ses comunistas, onde n??o se conseguiu prover aos trabalhadores um m??nimo de conforto. Zero para Marx. L??nin (co??mo Rosa Luxemburgo), baseado principalmente na experi??ncia da revolu????o comunista russa, julgava que um assalto ao Estado, por um bra??o armado do proletariado, como acontecera ali, seria de molde a apressar a derrocada do capitalismo e a implantar o socialismo, e logo o comunismo, em qualquer parte do globo. Fracassou essa teoria na Alemanha, na It??lia, na Pol??nia, e at?? no Brasil (com a Intentona Comunista de 1935).

As na????es que se tornaram comunistas, com rar??ssimas exce????es, foram as da ocupa????o sovi??tica ao fim da Segunda Guerra, ou por suas consequ??ncias. Zero para L??nin. Gramsci observava tudo isso da cadeia. E escrevia. Era muito mais inteligente que seus mestres, embora, comunista disciplinado, n??o os criticasse, e apenas apontasse ???corre????es de rumo???.

O que dizia Gramsci, que via mais fundo e mais longe que Marx e L??nin: o golpe de Estado deu certo na R??ssia. Sociedades como a russa czarista (que ele chamou de ???sociedades orientais???) t??m um Estado forte, mas n??o t??m organiza????es civis importantes como respaldo. Tomado o Estado, s?? resta ???educar??? a massa amorfa, o povo, no rumo socialista, usando o pr??prio Estado, agora submetido, como tudo mais, ao partido (comunista, e ??nico). Nas sociedades com forte presen??a da ???sociedade civil??? (sociedades ocidentais, dizia Gramsci) o golpe de Estado n??o funciona.

Tomar o Estado significa apenas tomar uma fortaleza avan??ada. Atr??s dela est??o in??meras ???trincheiras e casamatas??? n??o neutralizadas. Re??fe??ria-se ??s organiza????es burguesas co??mo igreja, sindicatos, universidades, imprensa. N??o se pode fazer, para tomar estas sociedades, a ???guerra de movimento???, que teve sucesso na R??ssia. ?? preciso fazer uma ???guerra de posi????o???, desgastar essas trincheiras e casamatas, neutraliz??-las para que, tomado o Estado, se tenha tamb??m o poder, e n??o surjam resist??ncias.

?? preciso que o proletariado seja ???hegem??nico??? sobre as demais classes, que exista o ???consenso??? sobre sua vis??o de mundo. Essa vis??o, evidentemente, ?? a comunista. Gramsci usava as imagens da Primeira Guerra Mundial. No que consistia conquistar essa hegemonia: organizar o partido das classes oprimidas (proletariado, campesinato e demais ???exclu??dos??? da sociedade burguesa), formar dirigentes, organizar entidades n??o estatais de apoio, fazer alian??as ainda que com partidos ou entidades advers??rias, conquistar posi????es nos organismos da sociedade civil burguesa e nos ??rg??os estatais (fase econ??mico-corporativa). Depois, lutar efetivamente pela hegemonia das classes subalternas sobre a classe dominante. Os valores tradicionais das classes burguesas deveriam ser pacientemente destru??dos, e substitu??dos pela nova ???vis??o da sociedade e do mundo???. Valores culturais deveriam ser contestados e apontados outros, mais de acordo com a vis??o das classes dominadas, e de molde a permitir a ascens??o destas.

O mesmo deveria ocorrer com valores morais e ??ticos, de modo a neutralizar as trincheiras burguesas. O Judici??rio deveria ser criticado em suas decis??es legalistas, e incentivado a adotar decis??es ???sociais???, ignorando os dispositivos legais. Press??o deveria ser exercida nas decis??es que pudessem prejudicar o partido, seus membros, simpatizantes, ou simples elementos das ???classes subalternas???, independente das comina????es legais a que estivessem sujeitos. As casas legislativas deveriam ser objeto de constante cr??tica e desmoraliza????o, enquanto os representantes do partido ???prolet??rio??? surgiriam como ??nicos acima das cr??ticas. As For??as Armadas deveriam ficar sob constante a??ulamento, e deveriam ser vistas como desnecess??rias, perdul??rias, ignorantes, ditatoriais.

As pol??cias seriam sempre acusadas de trucul??ncia, viol??ncia e corrup????o, enquanto a marginalidade deveria ser alvo da prote????o dos direitos humanos e da toler??ncia, por pertencer ?? classe subalterna. Se o bandido age ?? margem da lei ?? apenas por falta de op????es, sendo a marginalidade fruto, pois, da injusti??a social e da exclus??o burguesa. Nada mais justo, pois, que os burgueses sofram na pele, sem reclamar, o castigo de serem ???expropriados??? de seus bens, e at?? ??s vezes ???justi??ados??? pelos ???exclu??dos???.

A Igreja Cat??lica deveria ser lembrada por suas falhas, como a pedofilia, a riqueza e o alinhamento com a aristocracia. N??o se deveria falar nas suas qualidades, como as modelares institui????es de ensino e caridade. Os padres ???socialistas??? deveriam ser tratados como santos, exaltados como portadores de todas as virtudes. As minorias deveriam ser despertadas para a marginaliza????o a que foram sujeitas e seriam chamadas ?? vingan??a contra a domina????o burguesa, fossem minorias raciais, ??tnicas ou sexuais.

Todo o sistema capitalista deveria ser demonizado: os fazendeiros como latifundi??rios exploradores de m??o de obra escrava, depredadores da natureza; os industriais como gananciosos apropriadores da mais valia e sonegadores; os banqueiros como parasitas especuladores; os ??rg??os de imprensa como vendidos ao capital nacional e estrangeiro.

Os intelectuais tradicionais deveriam ser cooptados, e os intelectuais da ???classe???, os dito org??nicos (isto ??, todos os cidad??os que fossem inteiramente obedientes ao partido), deveriam ser estimulados a um incessante trabalho de convencimento e doutrina????o (fase da hegemonia). Numa ??ltima fase, neutralizados os organismos burgueses da sociedade civil, quando a sociedade j?? aceita a imposi????o de novos valores culturais, ??ticos e morais, j?? n??o mais tem mecanismos de rea????o, ?? hora de tomar o poder, instituir o socialismo e caminhar para a etapa final, o comunismo (fase estatal).

Agora, o partido ?? quem det??m, na verdade a hegemonia. ?? partido ??nico e aponta os dirigentes. ?? o ???moderno pr??ncipe???, como dizia Gramsci, admirador de Maquiavel.

Desde a institui????o do Foro de S??o Paulo (uma reuni??o de en??ti??dades marxistas latino-americanas) em 1990, uma a????o organizada das esquerdas, com solidariedade incondicional dos participantes (maior mesmo que os in??te??resses nacionais) fez com que o so??cialismo avan??asse, detendo o poder na Venezuela, Bol??via e E??quador e caminhando em v??rios outros pa??ses, Brasil inclusive.

No Brasil, o gramscismo chegou ao governo antes de chegar ao poder. As fortes institui????es reagiram ?? busca da ???hegemonia???, como vimos com a quest??o do mensal??o e da tentativa de censurar a imprensa. N??o houve clima para uma implanta????o de reelei????es sucessivas, como na Venezuela. Nem por isso estamos a salvo. Estamos j?? em plena fase gramscista de busca da hegemonia. Que n??o est?? parada. ??

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