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A exposi????o de arte impressionista, promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil, em S??o Paulo

Publicado em: 06-11-2012 | Por: bidueira | Em: Nova et Vetera, VIAGENS

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???Mo??as ao Piano” (1892) por Pierre-Auguste Renoir (1841-1919)

Cid Alencastro

A exposi????o de arte impressionista, promovida pelo Centro Cultural Banco do Brasil, em S??o Paulo, exp??s obras de grandes mestres como Renoir, Manet, e diversos outros

http://ipco.org.br/home/noticias/a-margem-do-impressionismo

O??grande m??rito da escola impressionista ?? que ela n??o se limita a pintar na tela as pessoas ou os ambientes como se fossem meras fotografias. O impressionismo mais sugere do que retrata, deixando ao observador completar com sua imagina????o aquela figura ideal apenas esbo??ada no quadro.

Um exemplo hist??rico ajuda a compreender essa realidade. As condi????es pol??ticas da Fran??a no s??culo XIX levaram em certo momento a duquesa de Berry a percorrer a Vand??ia, em defesa dos direitos din??sticos de seu filho, o Conde de Chambord. Era tal seu charme e sua a????o de presen??a que, segundo a legenda, alguns daqueles camponeses, contando depois a passagem da princesa pela regi??o, exclamavam?????Eu vi uma fada!???.

A presen??a da duquesa marcara t??o a fundo a imagina????o daqueles honestos e probos agricultores, que eles quase n??o prestaram aten????o em suas peculiaridades pessoais, com suas virtudes e limita????es. Eles viram nela a princesa ideal, uma?????fada???.

O ??lan da alma para Deus

Pudemos presenciar recentemente algo semelhante durante as comemora????es do jubileu da rainha Elisabeth II. A multid??o que se aglomerava nas ruas de Londres n??o buscava homenagear uma administradora competente nem uma financista capaz, mas o modelo ideal de chefe de Estado que encarna as mais altas virtudes da na????o, do qual a Rainha ?? presentemente o s??mbolo.

Essa capacidade de idealiza????o do ser humano ?? um de seus atributos mais preciosos, pois indica uma busca da perfei????o, que se faz a partir de seres frequentemente imperfeitos. Corresponde ao????lan??natural da alma para Deus.

?? um pouco disso que a arte impressionista nos ajuda a realizar. Se bem se possam fazer graves reparos a muitos dos quadros produzidos por essa escola, mesmo do ponto de vista moral, o estilo impressionista enquanto tal pode ser visto como uma am??vel escada que nos convida a subir em dire????o ao infinito. Cumpre ?? imagina????o reta e bem ordenada completar aquilo que a arte n??o d??, por??m insinua. Quando a imagina????o ?? viciosa e deturpa a realidade em lugar de sublim??-la, temos a ???arte moderna???, fruto err??tico do impressionismo.

Filas que falam por si

Como n??o sou cr??tico de arte, passo a uma outra ordem de considera????es que me foram sugeridas pela visita que fiz ?? exposi????o ??? promovida pelo Centro Cultural do Banco do Brasil, na capital paulista ??? de obras pertencentes ao??Mus??e d???Orsay, de Paris.

A primeira considera????o que fa??o refere-se ao n??mero assombroso de pessoas de todas as classes sociais que enfrentavam filas hom??ricas para, depois de horas de espera, poder entrar no recinto da exposi????o.??O n??mero de pessoas que visitou a exposi????o passou longe dos 200 mil. Isso corresponde a uma apet??ncia de fundo de alma, que normalmente o notici??rio dos meios de comunica????o n??o apresenta. Para quem se deixasse guiar apenas pelo que dizem a TV e os jornais, o brasileiro s?? se interessaria por futebol, imoralidade e pelo pr??prio bolso.

O jornalista Gilberto Dimenstein fez uma curiosa compara????o entre o p??blico que foi ver os quadros impressionistas e o enorme desinteresse pelo que dizem os pol??ticos, ent??o em campanha para cargos municipais. Afirma ele:

???H?? uma fome de cultura e de educa????o de qualidade??[…]??As pessoas est??o at?? aqui se lixando para as elei????es municipais porque os candidatos n??o falam nada de interessante conectado ?? vida dos cidad??os. ?? uma mediocridade avassaladora. N??o tem luz. A S??o Paulo iluminada ?? essa das filas da madrugada para ver n??o um show de pagode ou m??sica sertaneja. Mas Monet ou Renoir.??[…]??O desinteresse do eleitor ?? uma esp??cie de vingan??a silenciosa.?????(???Folha de S. Paulo???, 6-8-12)

O Brasil profundo

Na mesma linha desses sintomas quase n??o noticiados do Brasil profundo enquadra-se a multid??o, a perder de vista, que devotamente acompanhou a prociss??o de Nossa Senhora da Assun????o em Fortaleza no dia 15 de agosto. Saiu do Santu??rio de Nossa Senhora da Assun????o rumo ?? catedral, onde houve a coroa????o da imagem da padroeira de Fortaleza. Segundo os organizadores, havia mais de 1 milh??o e 700 mil pessoas presentes. Durante quase quatro horas, elas percorreram 12 quil??metros em meio a homenagens a Nossa Senhora.

???Na sacada das casas, a reafirma????o da f?? cat??lica vinha em forma de altares montados especialmente para aquele momento. E eram dezenas e dezenas deles em todo o percurso da caminhada. As casas exibiam imagens emolduradas por decora????es, das mais simples ??s mais sofisticadas.?????(???O Povo???, Fortaleza, 16-8-12)

Obviamente n??o se trata de negar a exist??ncia das in??meras e graves mazelas ??? religiosas, morais, sociais etc. ??? que afligem o mundo moderno, nele inclu??do o Brasil. Seria uma cegueira imperdo??vel. ?? a Revolu????o igualit??ria e sensual em marcha. Essas mazelas estadeiam abertamente por toda parte e nos furam os olhos de t??o evidentes. S?? o triunfo do Imaculado Cora????o de Maria poder?? dar-lhes fim.

Por??m, se quisermos compreender a realidade inteira e n??o apenas a sua superf??cie, temos que levar em conta tamb??m esses fen??menos de profundidade, frequentemente abafados pelo notici??rio e pela propaganda. Quando encontram uma ocasi??o prop??cia, eles sobem ?? tona e se manifestam de modo por vezes surpreendente. Se aqueles a quem incumbe a dire????o dos assuntos civis e eclesi??sticos teimarem em ignor??-los, n??o se queixem depois se eles irromperem repentinamente debaixo de seus p??s como um vulc??o.

Uma nostalgia insuspeitada

Outra observa????o que pude fazer durante a visita ?? exposi????o refere-se ao modo um tanto nost??lgico com que muitas pessoas, especialmente jovens, olhavam para os quadros. Explico-me.

As figuras representadas nas obras ali expostas s??o de pessoas e ambientes do s??culo XIX. Homens e mulheres de todas as classes sociais s??o retratados com vestimentas, gestos e atitudes que exprimem compostura e bom gosto.

Nos olhares dos que, a meu lado e em torno de mim, contemplavam essas cenas pareceu-me adivinhar, especialmente dentre o p??blico feminino, a nostalgia de uma ??poca que elas n??o conheceram, mas admiram. De fato, era gritante o contraste entre os trajes representados naquelas telas preciosas e os envergados pelo p??blico que enchia o sal??o. ?? f??cil compreender que especialmente as mulheres, dotadas habitualmente de uma sensibilidade mais fina, sentissem ao vivo a oposi????o entre os trajes e modos refletidos nas telas dos impressionistas e aqueles que a moda atual e o feminismo do s??culo XXI lhes imp??em tiranicamente. No cap??tulofashion, n??o lhes era dif??cil intuir para onde pende a balan??a do bom gosto e da compostura.

S??o estas algumas observa????es que, ?? margem do impressionismo, tive a grata ocasi??o de fazer.

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