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CUBA, O INFERNO NO PARA??SO

Publicado em: 09-11-2012 | Por: bidueira | Em: Comiss??o da Verdade, DIREITO DE PROPRIEDADE, Pol??tica Internacional, VIAGENS

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Juremir Machado da Silva (Jornalista Ga??cho, da ala da esquerda, que acompanhou o governador ga??cho Tarso Genro (linha trotskista) em “visita” a sua querida Cuba, exemplo de regime de governo e de vida ideal para os PTistas radicais).

Correio do Povo, Porto Alegre (RS)]

Na cr??nica da semana passada, tentei, pela mil??sima vez, aderir ao comunismo. Usei todos os chav??es que conhecia para justificar o projeto cubano. N??o deu certo. Depois de 11 dias na ilha de Fidel Castro, entreguei de novos os pontos.

O problema do socialismo ?? sempre o real. Est?? certo que as utopias s??o virtuais, o n??o-lugar, mas tanto problema com a realidade inviabiliza qualquer ades??o. Volto chocado: Cuba ?? uma favela no para??so caribenho.

N??o fiquei trancado no mundo cinco estrelas do hotel Habana Libre. Fui para a rua. Vi, ouvi e me estarreci. Em 42 anos, Fidel construiu o inferno ao alcance de todos. Em Cuba, at?? os m??dicos s??o miser??veis. Ningu??m pode queixar-se de discrimina????o. ?? ainda pior. Os cubanos gostam de uma f??rmula cristalina: ???Cuba tem 11 milh??es de habitantes e 5 milh??es de policiais???. Um policial pode ganhar at?? quatro vezes mais do que um m??dico, cujo sal??rio anda em torno de 15 d??lares mensais. Jos??, professor de Hist??ria, e Marcela, sua companheira, moram num corti??o, no Centro de Havana, com mais dez pessoas (em outros chega a 30). N??o h?? mais ??gua encanada. Calorosos e necessitados de tudo, querem ser ouvidos. Jos?? tem o dom da s??ntese: ???Cuba ?? uma pris??o, um c??rcere especial. Aqui j?? se nasce prisioneiro. E a pena ?? perp??tua. N??o podemos viajar e somos vigiados em perman??ncia. Tenho uma vida tripla: nas aulas, minto para os alunos. Fa??o a apologia da revolu????o. Fora, sei que vivo um pesadelo. Al??vio ?? arranjar d??lares com turistas???. Jos?? e Marcela, Ariel e Julia, Paco e Adelaida, entre tantos com quem falamos,pedem tudo: sab??o, roupas, livros, dinheiro, papel higi??nico, absorventes. Como n??o podem entrar sozinhos nos hot??is de luxo que dominam Havana, quando convidados por turistas, n??o perdem tempo: enchem os bolsos de envelopes de a????car. O sistema de livreta, pelo qual os cubanos recebem do governo uma esp??cie de cesta b??sica, garante comida para uma semana. Depois, cada um que se vire. Carne ?? um produto impens??vel.

Jos?? e Marcela, ainda assim, quiseram mostrar a casa e servir um almo??o de domingo: arroz, feij??o e alguns peda??os de f??gado de boi. Uma festa. Culpa do embargo norte-americano? Resultado da queda do Leste Europeu? Jos?? n??o vacila: ???Para quem tem d??lares n??o h?? embargo. A crise do Leste trouxe um agravamento da situa????o econ??mica. Mas, se Cuba ?? uma ditadura, isso nada tem a ver com o bloqueio???. Cuba tem quatro classes sociais: os altos funcion??rios do Estado, confortavelmente instalados em Miramar; os militares e os policiais; os empregados de hotel (que recebem gorjetas em d??lar); e o povo. ???Para ter um emprego num hotel ?? preciso ser filho de papai, ser protegido de um grande, ter influ??ncia???, explica Ricardo, engenheiro que virou mec??nico e gostaria de ser mensageiro nos hot??is luxuosos de redes internacionais.

Certa noite, numa roda de novos amigos, brinco que,quando visito um pa??s problem??tico, o regime cai logo depois da minha sa??da. Respondem em un??ssono:

Vamos te expulsar daqui agora mesmo???. Pergunto por que n??o se rebelam, n??o protestam, n??o matam Fidel? Explicam que foram educados para o medo, vivem num Estado totalit??rio, n??o t??m um l??der de oposi????o e n??o saberiam atacar com pedras, ?? moda palestina. Prometem, no embalo das piadas, substituir todas as fotos de Che Guevara espalhadas pela ilha por uma minha se eu assassinar Fidel para eles.

Quero explica????es, defini????es, mais luz. Resumem: ???Cuba ?? uma ditadura???. Pe??o demonstra????es: ???Aqui n??o existem elei????es. A democracia participativa, direta, popular, ?? uma fachada para a manipula????o. N??o temos campanhas eleitorais, s?? temos um partido, um jornal, dois canais de televis??o, de propaganda, e, se fiz??ssemos um discurso em pra??a p??blica para criticar o governo, ser??amos presos na hora???.

Ricardo Alarc??n aparece na televis??o para dizer que o sistema eleitoral de Cuba ?? o mais democr??tico do mundo. Os telespectadores riem: ????? o bra??o direito da ditadura. O partido indica o candidato a delegado de um distrito; cabe aos moradores do lugar confirm??-lo; a partir da??, o povo n??o interfere em mais nada. Os delegados confirmam os deputados; estes, o Conselho de Estado; que consagra Fidel???.Mas e a educa????o e a sa??de para todos? Ariel explica: ???Temos alfabetiza????o e profissionaliza????o para todos, n??o educa????o. Somos formados para ler a vers??o oficial, n??o para a liberdade.

A educa????o s?? existe para a consci??ncia cr??tica, ?? qual n??o temos direito. O sistema de sa??de ?? bom e garante que vivamos mais tempo para a submiss??o???.Jos?? mostra-me as prostitutas, d?? os pre??os e diz que ningu??m as condena:???Est??o ajudando as fam??lias a sobreviver???. Por uma de 15 anos, estudante e bonita, 80 d??lares. Quatro velhas negras olham uma televis??o em preto e branco, cuja imagem n??o se fixa. Tentam ver ???For??a de um Desejo???. Uma delas justifica: ???S?? temos a macumba (santer??a) e as novelas como alento. Fidel j?? nos tirou tudo.Tomara que nos deixe as novelas brasileiras???. Antes da partida,Jos?? exige que eu me comprometa a ter coragem de, ao chegar ao Brasil, contar a verdade que me ensinaram: em Cuba s?? h?? ???rumvoltados???.

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